sábado, 11 de dezembro de 2010

Especial: Olga Bongiovanni, de Santa Catarina para São Paulo

Com a cara e com a coragem          

    Natural de Santa Catarina, Olga Bongiovani viveu toda a sua vida, sua história, amores e amigos no sul do Brasil e, na capital metropolitana, volta ao ar diariamente no programa “Manhã Gazeta”, exibido pela emissora que leva o mesmo nome. “Adapto-me muito bem ao local aonde precise morar por conta do trabalho. Gosto muito do que faço, então, quando determinei que sairia de Santa Catarina para ir ao Paraná não tinha um sonho, mas um objetivo – buscar por minha carreira, consolidá-la no rádio, sabia que lá havia um campo maior para isso e aconteceu”.
Olga começou nas rádios AM, depois, na década de 80, época em que surgiu a FM, mudou de sintonia e, em 82, passou a fazer tevê na cidade de Cascavel, no Paraná. Apesar de estar satisfeita com sua profissão, sempre havia algo mais a conquistar, foi então que apareceu a oportunidade de apresentar um programa na Rede Bandeirantes de televisão. “Ponderei o que era interessante naquele momento porque não gosto de olhar para trás e dizer ‘puxa vida, porque não fui’. Ninguém pode saber o futuro, viria para São Paulo e daí, e se desse errado? Ninguém me garantia nada. Como saber se daria certo, mas disse ‘bom, preciso ir’”. 

Após um tempo se questionando em largar tudo, fechar uma etapa da vida para abrir outra numa terra que, embora conhecesse, não tinha amigos como lá, não sabia onde morar, teria que adotar novos hábitos, sua determinação falou mais alto: “Fiquei um tempo morando em hotel, desestruturei toda a minha vida por não ter mais minhas coisas, minha casa, principalmente, que era o meu chão. Paguei um preço por isso, abri mão da família, dos amigos de vinte anos de amizade. E é claro que não deixa de ser uma vida muito solitária, principalmente no começo porque não tinha absolutamente ninguém”.

Olga lembra que chegou na capital no dia 6 de dezembro e no dia 13 estreou seu programa; conhecia somente as pessoas da produção mas, ao olhar pra trás e pensar em tudo o que já tinha feito na vida, se seria capaz de vencer mais essa etapa, disse ‘vou encarar São Paulo, sim, e o Brasil também’. Foi aí que decidiu fincar o pé na metrópole e afirma não ter restrições alguma com a cidade em si: “São Paulo tem os seus problemas como qualquer outra cidade, há violência, o trânsito incomoda mesmo, as distâncias são maiores, mas desde que se tenha boa vontade supera-se tudo isso e dá para viver tranquilamente. Fui muito bem acolhida e, nossa, estou apaixonada por São Paulo”, diz com um sorriso estampado

    A apresentadora se sente estimulada a aceitar desafios: “A gente não sabe tudo de nada e o desconhecido, assim como gera medo, preocupação, me dá estimulo, pois desde que se tenha determinação encaram-se as dificuldades. Saber que há um novo desafio pela frente é excitante, e quando você muda de emissora são outros hábitos, outros colegas de trabalho, então, existe um período de adaptação, mas sendo você mesma, não é porque muda a ‘casa’ que muda sua personalidade, seu caráter, não. Dá um pouco mais de trabalho no início, sim, porque é preciso entender sua equipe, mas a partir desse momento não tem segredo, pode-se trabalhar em qualquer lugar do mundo”.         

Fonte: Revista Autêntica


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