quinta-feira, 9 de junho de 2011

Olga Bongiovanni: "No dia em que a educação for prioridade no Brasil, seremos realmente gigantes"

A apresentadora é o melhor exemplo de superação para uma ter uma boa educação


Quem vê a apresentadora Olga Bongiovanni, 56 anos, à frente do programa Manhã Gazeta, da TV Gazeta, logo imagina que ela nunca passou dificuldades na vida. Ledo engano! Nascida na cidade de Capinzal, interior de Santa Catarina, e filha de imigrantes italianos, Olga, que sempre frequentou colégios públicos, passou por fases em que os pais não tinham dinheiro para comprar seus livros de estudos. Mas ela sempre foi muito estudiosa e arranjava maneiras criativas de superar as adversidades que apareciam no seu caminho, chegando até mesmo a trocar com os colegas de classe trabalhos escolares por livros. "Gosto muito, muito de ler. Leio desde que fui alfabetizada e sei que preciso ler muito mais ainda", diz.

Passado o período estudantil, Olga tratou de se empenhar na carreira de radialista, jornalista e apresentadora. E claro, sem nunca abandonar os livros. "Não existe outro caminho para um Brasil melhor e para as pessoas melhorarem de vida. Nossos governantes precisam parar com os discursos inflados das campanhas e fazer, construir. No dia em que Educação for tratada com seriedade e nossos governantes entenderem que ela não é um gasto e, sim, investimento, daí sim poderemos pensar em ter desenvolvimento, em ter um futuro".

Na entrevista a seguir, confira o que mais a apresentadora tem a dizer sobre o sistema de educação brasileiro.
1. Quias as lembraças que vc tem do seu tempo de escola? 

Olga Bongiovanni: Com 14 anos de idade, lá por 1968/69, eu ainda morava no sítio e tinha de andar mais de 20 km para chegar até a escola. Era bem cansativo, mas isso nunca me desanimou, pois sempre acreditei que estudando sairia daquela situação que não me agradava, era muita pobreza... Não tinha tanta falta de informação porque tinha o rádio para ouvir. Nessa época, meus pais não tinham dinheiro para comprar livros, então eu fazia trabalhos em equipe e sempre me juntava às pessoas que não gostavam de estudar e tinham uma situação financeira muito boa. Essas alunas me pagavam com livros, esse era o meu preço (risos). Foi assim que devorei em poucos dias a biografia de Abraham Lincoln, de quase 500 páginas. Muitos livros sobre história, geografia, romances e tudo mais, vieram na sequência e o gosto pela leitura nunca mais cessou.

2. Foi na escola que descobriu que seria uma comunicadora?
Olga Bongiovanni: Eu sempre era chamada na escola para cantar hinos, recitar poesias. Creio que isso contribuiu sim para desinibir a menina interiorana.
3. Você estudou em colégios públicos? O que deve ser melhorado? 
Olga Bongiovanni: Sempre estudei em escola pública. Tudo precisa ser melhorado, começando pela preparação do professor e sua remuneração. Também é preciso providenciar espaços limpos, arejados, respeito mútuo professor/aluno, dignidade. Tenho muita preocupação com o futuro, não investimos nada em educação, são migalhas apenas. No dia que educação for prioridade no Brasil, seremos realmente gigantes.
Olga Bongiovanni: Sempre estudei em escola pública. Tudo precisa ser melhorado, começando pela preparação do professor e sua remuneração. Também é preciso providenciar espaços limpos, arejados, respeito mútuo professor/aluno, dignidade. Tenho muita preocupação com o futuro, não investimos nada em educação, são migalhas apenas. No dia que educação for prioridade no Brasil, seremos realmente gigantes.
4. Chegou a ter de conciliar estudos com o trabalho?  
Olga Bongiovanni: Comecei a trabalhar muito cedo com as responsabilidades de casa. Aos 6 anos cumpria tarefas determinadas por minha mãe, que me ensinou acordar cedo e ter muitas obrigações. Aos 7 anos já bordava e aos 9 aprendi a costurar, fazer pão, limpar o chão, lavar roupa. Fui educada para ser dona de casa, criar filhos. Aprendi tudo isso e também a ser profissional fora de casa. Foi difícil sim conciliar tudo isso com os estudos, mas é possível quando se quer.
Olga Bongiovanni: Comecei a trabalhar muito cedo com as responsabilidades de casa. Aos 6 anos cumpria tarefas determinadas por minha mãe, que me ensinou acordar cedo e ter muitas obrigações. Aos 7 anos já bordava e aos 9 aprendi a costurar, fazer pão, limpar o chão, lavar roupa. Fui educada para ser dona de casa, criar filhos. Aprendi tudo isso e também a ser profissional fora de casa. Foi difícil sim conciliar tudo isso com os estudos, mas é possível quando se quer.
5. Você foi uma mãe participativa na vida escolar dos seus filhos?
Olga Bongiovanni: Sempre estive presente: cuidando, participando, convivendo com a escola, conhecendo professores, diretores e cobrando quando preciso.
Olga Bongiovanni: Sempre estive presente: cuidando, participando, convivendo com a escola, conhecendo professores, diretores e cobrando quando preciso.
6. Acredita que a participação dos pais é importante para o bom aproveitamento escolar dos filhos?
Olga Bongiovanni: Quando escola e família estão juntas, o resultado, com certeza, é outro. Infelizmente, hoje, muitos pais acreditam que educar é com a escola, por isso esse caos que vivemos onde alunos espancam e até matam professores. Tenho boas lembranças de professores ídolos e alunos respeitados. Família e escola precisam andar lado a lado, cada qual fazendo a sua parte. Ter filhos e jogar na escola para que esta se vire, é um desrespeito. Já ouvi mães falarem: "Agora, nas férias, vai ser um terror com essas pestinhas em casa o tempo inteiro..". O que podemos esperar do futuro?
Olga Bongiovanni: Quando escola e família estão juntas, o resultado, com certeza, é outro. Infelizmente, hoje, muitos pais acreditam que educar é com a escola, por isso esse caos que vivemos onde alunos espancam e até matam professores. Tenho boas lembranças de professores ídolos e alunos respeitados. Família e escola precisam andar lado a lado, cada qual fazendo a sua parte. Ter filhos e jogar na escola para que esta se vire, é um desrespeito. Já ouvi mães falarem: "Agora, nas férias, vai ser um terror com essas pestinhas em casa o tempo inteiro..". O que podemos esperar do futuro?
7. Acha que a tecnologia atual faz com que a garotada se desenvolva mais e melhor? 
Olga Bongiovanni: Com certeza o desenvolvimento é rápido, mas para ser melhor precisamos estar atentos, acompanhar, dar amor e mostrar limites.
Olga Bongiovanni: Com certeza o desenvolvimento é rápido, mas para ser melhor precisamos estar atentos, acompanhar, dar amor e mostrar limites.
8. Você está à frente de um programa diário que atinge milhares de donas de casa. Acredita que ele pode ajudar na educação dos brasileiros?  
Olga Bongiovanni: Temos semanalmente pautas sobre educação, é uma necessidade, o telespectador pede socorro, acredite. Muitas famílias estão desorientadas, precisando de ajuda, a escola também. Prestar um bom serviço à família é nossa prioridade no programa.

Fonte: http://www.educarparacrescer.abril.com.br/
Olga Bongiovanni: Temos semanalmente pautas sobre educação, é uma necessidade, o telespectador pede socorro, acredite. Muitas famílias estão desorientadas, precisando de ajuda, a escola também. Prestar um bom serviço à família é nossa prioridade no programa.

 

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Caricatura da Olga

Hoje, também no programa, a Olga recebeu, o cartunista Marcio Baraldi.
Que divulgou seus livros e falou das diferenças entre cartunista, chargista e ilustrador.
No fanal da conversa, o Marcio, decidiu desenhar a Olga.... E a Diva gostou..... Veja o resultado da arte:
 

Site do Braldi: www.marciobaraldi.com.br

Por:  Carlos Hamilton - Presidente do Fã Club Olga Bongiovanni