quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O primeiro café do dia, coado em coador de pano


Assim é o melhor
café para
Olga Bongiovanni
Apresentadora do programa Manhã Gazeta, da TV Gazeta, Olga Bongiovanni é daquelas pessoas que adora café, uma paixão
que herdou de seu avô italiano. São pelo menos dez xícaras ao longo do dia, que saboreia aproveitando para dar uma pausa na agenda corrida. Nessa entrevista ao Jornal do Café ela conta como o café sempre fez parte da sua vida.
Santa Catarina não é um estado produtor de café. Mas a apresentadora Olga Bongiovanni, catarinense de Capinzal, teve o privilégio de ter sido criada em uma casa que tinha um pé de café no quintal. Outra regalia foi ter tido como “professor”, que a fez se apaixonar porcafé, o seu próprio avô, um imigrante italiano que adorava a bebida e que usava justamente o pé de café do quintal para ensinar a história do grão aos filhos e netos.
Nesse bate-papo com o Jornal do Café, Olga contou, com saudade, dessa sua época de criança. O costume era comprar o grão verde, na mercearia, e ela lembra perfeitamente do delicioso cheiro do café recém-torrado no fogão a lenha da casa dos avós, que depois era moído. Foi também o avô que ensinou Olga a
forma de se preparar um “café tropeiro”, em que a água é fervida junto com o pó, em um tripé sobre a fogueira. Igualmente vem dele a maior herança da apresentadora: uma chaleira que o avô trouxe quando imigrou da Itália para o Brasil, e que foi muito usada tanto para ferver água para café como para o chimarrão.       
“Essa chaleira é bem velhinha, mas vale mais que qualquer quantia em dinheiro; é uma herança e tanto”, disse.
Radialista no começo da profissão, aos 20 anos, mas ganhando o sustento com o trabalho em um supermercado, Olga Bongiovanni viu sua carreira deslanchar quando começou a gravar jingles. Rindo, ela relaciona seu começo profissional com o café: “Teve o tempo do plantio e depois o tempo da colheita."
A oportunidade de trabalhar na televisão marcou também o primeiro cafezal que Olga viu na vida: foi ser repórter na TV Tarobá, de Cascavel, no Paraná, importante estado produtor de café. Na mudança de cidade, Olga manteve o costume da família, e plantou um pé de café no quintal da sua casa, para mostrar e
ensinar os dois filhos que, aliás, são igualmente apaixonados por café: Gustavo tem até uma grande caneca exclusiva e Marcelo, que vive no exterior, sempre faz encomendas à mãe dos bons cafés brasileiros. De Cascavel, Olga foi para São Paulo, primeiro para a TV Bandeirantes, RedeTV, TV Aparecida e Tv Gazeta. Com o sucesso de seu programa diário, ela tem uma rotina puxada, mas garante energia com os dez cafezinhos que, em média, toma por dia. Às 5 horas da manha já desperta com o cheiro do café recém-passado no coador de pano – outro hábito de família. Para ela esteprimeiro café é o melhor do dia, que toma com leite fervido.
Às 6h30, Olga Bongiovanni chega ao estúdio na emissora. Lá o café é preparado tanto em coador de pano quanto em filtro de papel, atendendo os gostos de todos da equipe. Às 9h00 em ponto ela assume a bancada do seu programa, que comanda até as 11h00. Engana-se quem pensa que o expediente acabou: ao
encerrar o Manhã Gazeta, Olga tem reunião com a produção e sai para outros compromissos.
Apesar da agenda corrida, Olga não dispensa o descanso, fundamental para manter o ritmo com bom humor. “A rotina da televisão é excitante, por que trabalho com o dinamismo da nformação, com a emoção, mas meu horário limite é 21h00, então eu paro tudo. Quando tenho um tempo vou para a máquina de costura, gosto também de crochê, que são formas de relaxar”.
Em viagens ao exterior, o melhor café que Olga provou foi em visita à cidade natal do avô, na região milanesa. “Nos arredores de Milão, fomos visitar uma cidadezinha, de onde meu avô saiu para vir ao Brasil. Estava anoitecendo e vimos uma cafeteria. Fazia bastante frio e então decidimos tomar um café. Tinha café da África, de todos os lugares, mas quando a gente olhou o café brasileiro fez uma farra dentro da cafeteria. Ninguém entendeu nada”, conta, rindo. “Aquele foi o melhor café que tomei em viagens ao exterior”.

Fonte: Jornal do Café

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